Modelo “feliz” - Jornal de Notícias

Data 21 Junho 2025

 

Até ao final de março de 2026 terão de estar prontas a entrar em funcionamento, em Portugal, cerca de 60 habitações colaborativas. São equipamentos sociais inovadores e estão distribuídos por todo o país. Vão criar quase dois mil novos lugares para pessoas em situação de vulnerabilidade e representam um investimento público a rondar os 60 milhões de euros, financiados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

Fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse, ao JN, que na primeira fase de candidaturas foram aprovadas 22, “20 das quais para habitação colaborativa e duas para comunidade de inserção”. Só que no decurso da fase de execução foram “revogadas cinco candidaturas” para a primeira resposta e uma para a segunda. Na segunda fase, foram “contratualizadas 42 candidaturas” para habitação colaborativa com tipologias T0, T1 e T2.

Esta nova geração de equipamentos e respostas sociais está a ser criada, nomeadamente, por instituições particulares de solidariedade social. É o caso do Centro Social, Recreativo e Cultural de Vilar de Maçada, no concelho de Alijó, e da Associação de Solidariedade Social São Pedro, em Sanfins, no concelho de Valpaços. Em ambos os casos, as unidades de habitação colaborativa estão a nascer da reconstrução de edifícios históricos dos quais só foi aproveitada a fachada.

Modelo “feliz”

Alexandra Magalhães, diretora de serviços da instituição de Vilar de Maçada, considera este tipo de resposta um “modelo de habitação feliz”, que permite “envelhecer em comunidade e sem solidão”. O edifício que está a ser construído vai ter “um T0, um T1 e seis T2”. E dá exemplos do tipo de pessoas que podem candidatar-se: “pode ser um casal, podem ser duas amigas ou duas irmãs, pessoas sem condições de habitabilidade ou alguém que foi emigrante e quer voltar às suas raízes sem ter casa lá”.

Além dos apartamentos, vai ter espaços comuns, como “uma horta, um ginásio, uma lavandaria e zona de convívio”. Os serviços de que necessitem, de alimentação, por exemplo, serão prestados pelo centro social.

Alexandra Magalhães anda feliz por poder concretizar mais esta ambição, que também é uma necessidade para aquela vila do concelho de Alijó. Lembra que quando, há 20 anos, chegou ao Centro Social, Recreativo e Cultural havia cinco trabalhadores. Hoje são 68, na sequência do crescimento das respostas sociais. Há duas décadas havia apenas apoio domiciliário e centro de dia, que atualmente servem 30 pessoas. Hoje tem também creche (21), ateliê de tempos livres (40), estrutura residencial para idosos (56) e seis moradias que formam uma aldeia-lar com capacidade para 20 pessoas. “Se não acreditarmos que o sonho pode ser realidade, nem sequer sonho é”, frisa, acrescentando que “a lista de espera é muito grande”.

Ler notícia na íntegra https://www.jn.pt/8534401248/habitacao-colaborativa-permite-envelhecer-sem-solidao-60-casas-prontas-em-2026/

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